terça-feira, 30 de junho de 2009

Cresce a tensão entre o governo militar golpista de Honduras e comunidade internacional.


Nesta terça-feira pelo ocorrido da viagem do presidente hondurenho Manuel Zelaya para Nova York, onde fala hoje mesmo na Assembléia Geral da ONU, o governo golpista de Honduras, chefiado pelo ex-presidente do Congresso Nacional e atual presidente Roberto Micheleti, ordenou a captura do presidente Zelaya.

O pronunciamento dos militares faz referencia à viagem do presidente deposto a Honduras na próxima quinta feira, indicando que assim que pise em solo hondurenho o presidente Zelaya será detido e levado aos tribunais de justiça do país, controlados pela coalizão de direita que deu o golpe no último domingo.

A viajem do presidente Zelaya foi anunciada ontem desde Manágua, na Nicarágua, e alguns representantes da comunidade internacional já haviam confirmado acompanhar o presidente ao seu país, entre eles os presidentes de Argentina e Equador, Cristina Fernandez e Rafael Correa, e o secretario geral da OEA Jose Miguel Insulza.

Alguns espertos dizem que a atual pressão da comunidade internacional teria desarticulado o golpe militar em Hondura, indicando possibilidade de reversão. Mas ainda assim, a repressão continua forte nas cidades do país. Vários prefeitos apoiadores do presidente Zelaya estão sendo cassados mediante ordens de detenção a revelia que emite o governo militar.

As manifestações continuam nas ruas da capital Tegucigalpa, e em várias cidades do interior do país os movimentos se articulam para um ato massivo nas ruas da capital na quinta feira, quando chega ao país a delegação que acompanha o presidente Manuel Zelaya. Há dificuldade na locomoção das pessoas, e segundo a Telesur, o governo deu ordem de disparo contra os carros e ônibus que tentarem chegar a capital para o ato do próximo dia 2.

As reuniões que aconteceram em Manágua nos últimos dias, e também a declaração final da Assembléia Geral ONU nesta terça feira foram contundentes na condenação ao golpe militar, e no não reconhecimento do governo ilegal liderado por Roberto Micheleti. Ainda assim, o governo golpista segue reprimindo as manifestações populares, perseguindo ministros e lideres de movimentos sociais e sindicalistas, fechando e ocupando meios de comunicação, sem demonstrações de recuo ou de que irão desistir fácil da manobra que se está dando na democracia do povo hondurenho.

Seguimos apoiando aos trabalhadores de Honduras na luta contra o governo ilegal e fascista de Roberto Micheleti. Há que apoiar-se no internacionalismo real de usar, cada um as armas que possui para apoiar o povo hondurenho na luta pela soberania e pela transformação social.

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